quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mamãe querida...

"Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!"
-
Coelho Neto.

"Ser mãe é se f*der no paraíso..."

-
Minha mãe sobre o fragmento acima.

Entendam este post como duplo: sobre o dia das mães e sobre o aniversário da minha mãe.

Ser mãe... A mágica de ser mãe só é entendida por aquelas mulheres que são mães. Por isso, não se assuste se você não entender o porquê da sua mãe se preocupar tanto com você, como por exemplo, as frases clássicas que toda mãe diz. "Não esquece o casaco", "Leva o guarda-chuva", e por aí vai... E nós, filhos, passamos 364 dias do ano infernizando nossas queridas. Por isso existe um domingozinho de maio aonde as homenageamos.

Mas eu te pergunto: Você sabe como surgiu o dia das mães?

Essa data já é bem antiga. A primeira comemoração é datada dos tempos mitológicos quando, na Grécia Antiga, era comum homenagear a Mãe dos Deuses, Rhea, assim que a primavera chegava.

Depois, já no século XVII, na Inglaterra operária, o quarto domingo da Quaresma era dedicado às mães. Foi chamado de Mothering Day, que originou o mothering cake, um bolo especial para as mães, motivo que tornou a data ainda mais festiva.

Em 1872, a escritora Julia Ward Howe sugeriu que houvesse uma data para a celebração desta festa nos Estados Unidos, mas foi na Virgínia Ocidental, em 1905, que iniciou-se a campanha para instituir tal dia. Ana Jarvis, fundadora da campanha, perdeu sua mãe logo cedo e entrou em depressão. Preocupadas, as amigas de Ana resolveram dar uma pequena festa em memória de sua mãe. Ana quis que esta festa fosse para todas as mães, vivas ou mortas, com o intuito de fortalecer os laços familiares.

Ana lutou por 3 anos e em 1910 a data foi instituída. Primeiramente, na Virgínia Ocidental e, logo depois, estava em todos os calendários americanos. E em 1914, Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos naquela época, decidiu que o dia das mães deveria ser comemorado nos segundos domingos de maio.

Mas a ideia de Ana voltou-se contra ela mesma e a moça afirmou que não criou a data para que houvesse lucro (naquela época, os comerciantes já tiravam proveito disso, como acontece até hoje). Ana tentou cancelar o dia das mães, mas falhou. Curiosidade: Ana morreu em 1948, aos 84 anos e nem chegou a ser mãe.

No Brasil, o primeiro dia das mães aconteceu à 12 de maio de 1918, em Porto Alegre. Em 1932, Getúlio Vargas decretou que o segundo domingo de maio seria reservado para a comemoração. E em 1947, a data passou a fazer parte do calendário oficial da Igreja Católica. Fonte: Portal da Família

Como a minha mãe faz aniversário 3 dias antes do dia das mães, resolvi juntar os dois assuntos de uma vez. A véia quer um par de tênis. Talvez, nesse sábado, eu e meu pai vamos comprar.

E ah! Te amo, mãe. Obrigada por tudo que fez, que faz e que fará por mim.

É nóis memo, vagabundo!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O post da discórdia.

Chega o dia em que você já engoliu tantos sapos e já pagou tantos patos que já está engasgado e sem dinheiro nenhum. O dia em que já não é mais possível saturar, a não ser o que já foi saturado. Quando você não aguenta ignorar o que está na frente do seu nariz e você tenta respirar bem fundo, pensando na possibilidade de tudo não passar de uma mentira. O dia do saco cheio. O dia que você quer mandar o mundo ir a mais fedida merda.

Por esses e outros tantos motivos, vos apresento o post da discórdia.

Anfíbios serão vomitados e marrecos serão devolvidos. Desconte sua raiva na primeira pessoa ou coisa que vir pela frente. Soque uma parede. Chute uma porta. Quebre coisas. Grite pelos segundos divinos da sua vida que você, infelizmente, perdeu. Você foi enganado. Você foi usado. Você serviu de ferramenta. Surte. Surte. Surte mesmo. E chore. Se você se identifica com a situação discorrida, siga estas dicas.

E nunca, NUNCA mais seja feito de idiota. Porque, isso, você não é.

Dedico este post a uma pessoa que, um dia, por baixo dos panos, fora especial...

terça-feira, 3 de maio de 2011

The sweets.

Um belo dia, comendo minhas verdurinhas, eu descobri que fora enganada durante todo esse tempo. Finalmente descobri o que estava faltando no meu organismo, do que ele sentia falta para funcionar perfeitamente. Descobri o que eram os pontos verdes no meu prato e porque o meu suco era tão vermelho.

Descobri que me faltavam doces.

Isso mesmo, doces. Afinal, que criança vive sem doce? Eu, durante os meus primeiros dois anos de vida, quando a minha mãe, secretamente, batia tomate no liquidificador e me dizia que era suco de morango. E eu tomava aquilo com tamanho gosto, até passava o dedo no fundo do copo, assim como colocamos achocolatado em excesso e não dissolvemos direito no leite.

Através de fitas, percebi que meu primeiro contato com o mundo dos lipídios foi aos meus 3 anos de idade. Meu pai me comprou um picolé de laranja e me deu um copo de coca-cola. E eu molhei o picolé na coca-cola! Hmmm, tão gostoso...

E partir daí, doces eram algo fundamental para mim. Portanto, como uma amante de açúcares e essa daqui que vos fala, vou listar os cinco melhores doces que eu já provei nesse contínuo espaço-tempo chamado vida.

Na posição de número 5, temos o tradicional bem casado. O bom dos casamentos são essas coisinhas redondinhas, eu sei que você pensa o mesmo. Você espera ansiosamente a hora de ir embora pra pegar a sua bolsa e enfiar logo uns 20 dentro dela.

Marshmellows ocupam a quarta posição. Sabe aqueles coloridinhos em vários formatos da marca Fini? Pois é...

Em terceiro lugar, estão os sorvetes, os tão adorados pela população brasileira num dia de calor escaldante. Hmm, essa palavra me lembra calda. E sorvete com calda é tão bom!

Os bolos ficam com a medalha de prata. Sim, bolos no geral, desde um simples bolo de fubá feito pela sua avó até um super bolo todo decorado. Sabem que eu até pensei em virar confeiteira só pra fazer bolos todo dia só pra mim...

E, merecidamente, no topo do meu ranking de melhores doces que eu já provei durante esses meus quase 16 anos está a torta de limão! Galera, sem brincadeira: Quando o assunto é torta de limão, a coisa fica séria. Eu não sei, mas parece que torta de limão não é algo feito por humanos. É um pedaço do céu. É divino. MEU, EU AMO TORTA DE LIMÃO!

É isso aí. Prevejo formigas caminhando por esse post.

domingo, 1 de maio de 2011

Xiiiiis!

Desculpem pela demora! Agora que eu desocupei um pouco a minha vida, vou postar frequentemente. :D

Eu poderia homenagear os trabalhadores de hoje, mas que mané homenagear. Um dia só pra prestigiar essas pessoas que depositam o seu esforço e não ganham nem um terço por isso? Deveríamos homenagear o ano todo! Vou falar de uma frustração minha mesmo...

Não há uma pessoa nesse mundo que não tire fotos de momentos importantes da sua vida. Seja uma festa, uma reunião na casa de algum amigo ou até mesmo uma viagem. Mas sempre existirá uma legião de câmeras fotográficas capturando frames que, com o passar do tempo, não serão mais nada do que uma lembrança.

Existem pessoas com uma facilidade enorme de sair bem em fotos. É como se fosse um reflexo, como se elas soubessem que, em algum momento, uma câmera vai surgir e elas têm de estar preparadas para isso. São os chamados fotogênicos.

Os fotogênicos são pessoas incríveis, pelas quais eu alimento um sentimento profundo de admiração com uma pitada gigantesca de inveja. Tudo porque, há quase 16 anos, não existe UMA foto sequer em que eu tenha saído, no mínimo, decente.

Eu até gosto de tirar fotos com a minha família ou com os meus amigos, mas o fato é que, só de olhar o resultado, eu fico tão desanimada. Ou eu saio branca demais, ou gorda demais, ou feia demais ou, até mesmo, os três fatores juntos. "Puta merda, olha minha cara nisso..." E quanto mais o tempo passa, mais eu evito (ou tento evitar) os flashes.

O problema é que, se eu continuar com esse negócio de tirar menos fotos conforme eu envelheço, menos momentos eu vou ter junto das pessoas que eu amo. Quero dizer, o que eu vou mostrar pros meus filhos quando eles me perguntarem se eu tenho fotos de quando eu tinha, sei lá, 13 anos?

Então, o esquema é o seguinte: Dar uma ajeitada na roupa, no cabelo, uma olhadinha no espelho e que venham os flashes! Não importa a aparência, não. O que importa são as pessoas que estão comigo e o quão especial aquele dia foi. (Essa é uma boa desculpa que você pode usar quando disserem que você está estranho em tal foto...)

...Mas, caramba, hein. Qual é a mágica dos fotogênicos?

domingo, 17 de abril de 2011

What's the matter with kids today?

Ah! A infância...

Época das primeiras coisas. Os primeiros passos, as primeiras palavras... Infância é algo que nos deixa com um gosto doce e nostálgico na boca a cada lembrança. Cada momento guardado com tanto carinho, quando éramos isentos de maldade e tudo nos arrancava sorrisos inocentes e contagiantes...

Ah! A infância...

Tempos tão felizes, aproveitados até o último segundo. Não tínhamos preocupações, a não ser o que fazer no dia seguinte.

Será que amanhã eu jogo bola ou vou desenhar?
Puts, minha mãe colocou bolinho na minha lancheira. Eu pedi pãozinho!
Nossa, tô cansadão, brinquei muito no escorregador
...

Minha lembrança mais antiga - e a qual eu tenho conhecimento sobre - é de 13 anos atrás, quando eu e minha irmã ganhamos um Mega Drive. Tínhamos 3 e 10 anos, respectivamente. Ela colocou o cartucho e letras azuis formaram a palavra "Sega" seguido de um coro. E então, ele surgiu.

Eu não sei explicar o que eu senti na hora em que aquele ouriço azul apareceu na minha televisão e me encarou sorrindo - mesmo por que, isso me vem em forma de flashes -, mas foi mágico. Desde aquele momento, eu sabia que eu tinha um herói que me defenderia de todas as coisas ruins.

Um ano depois, aos 4 anos de idade, eu estava assistindo a um programa chamado Angel Mix, que passava na Globo a partir das 11 da manhã e era apresentado pela Angélica. Esse programa me apresentou um grupo de cinco adolescentes normais, mas quando tinha um perigo, eles se transformavam em heróis com roupas e capacetes coloridos. De repente, eles também se tornaram os meus heróis.

O que eu quero dizer com isso é que, não só a minha infância, como a infância de muitas pessoas da minha idade foi bem diferente do que as crianças de hoje vivem. A cada dia que passa, a infância se torna algo curto e a molecada só quer saber de crescer o mais rápido que puder. Sonic e Power Rangers, meus ídolos de infância (e confesso que até hoje), se tornam piada quando contamos aos nossos primos mais novos.

Isso aí que você leu. Piada.

Porque é mais interessante ser uma criança super legal de 7 anos que usa celulares e notebooks e ser tratada como adulto precoce. Porque é muito mais interessante teclar com os amigos no msn do que brincar de boneca ou de carrinho ou ir ao parque andar de bicicleta. Porque ter heróis é coisa de bebezinho. E, pô, nós já somos grandinhos pra isso.

Não existe explicação lógica para isso. Talvez a tecnologia esteja avançando mais rápido do que fora calculado. Talvez a culpa seja dos pais. Talvez a culpa seja da sociedade artificial que vivemos. Talvez a culpa seja da super existência de propagandas voltadas ao consumismo infantil. Talvez não exista um culpado. Fat Mike estava certo ao se perguntar o que diabo aconteceu com as crianças de hoje. Enquanto elas querem se tornar adultas, eu quero voltar 13 anos no tempo, só para sentir novamente aquele clima entre eu e o ouriço que definiu a minha infância.

sábado, 9 de abril de 2011

It's a bit complicated...

Junho de 2010. Eram 15 horas de um sábado. Eu voltava pra casa depois de andar quilômetros pelo bairro com um amigo meu chamado Jean, suando litros naquela roupa de caipira. A festa junina do colégio estava um saco e resolvemos caminhar um pouco.

Cheguei em casa, cumprimentei meu cachorro e fiz meu almoço enquanto ligava o notebook. Troquei a roupa de caipira por uma regata azul e um short velho. O notebook ligou. Almocei de frente a ele, pesquisando novas bandas no last.fm para ouvir.

Foi assim que eu conheci o Maxïmo Park, que eu pensava ser a minha maior descoberta musical.

Março de 2011. Eram 18 horas de uma segunda. Como sempre, eu estava no computador, caçando algo para fazer. Eu já tinha baixado milhares de bandas entre dezembro e março (diria que em torno de 200 bandas, mais ou menos) e, quando pensei não ser mais possível achar algo que soasse como novo aos meus ouvidos, o last.fm me deu a resposta.

Foi assim que eu conheci o Art Brut, que atualmente ocupa o posto de maior descoberta musical por moi.

Esse post tem como objetivo espalhar música boa pra galera aí e pode até ser um começo de uma série de posts sobre música - minha paixão master. Eu ouço muita coisa e o negócio de ter baixado umas 200 bandas entre dezembro e março não foi brincadeira. Nessas últimas férias, o que eu mais fiz no computador foi descobrir novas bandas. Meu pico foi de 11 bandas por dia numa semana qualquer de janeiro, que representa aproximadamente 77 bandas no final da semana.

Enfim... Eu sou normal, mesmo que não pareça.

Hoje eu vou falar de Art Brut pra vocês.

Art Brut é uma banda inglesa de indie rock formada em 2003. Eu diria que é uma mistura de Happy Mondays com qualquer outra banda de indie rock que você já tenha ouvido falar. Vou tomar como exemplo o Franz Ferdinand. Se você nunca ouviu falar dessas duas bandas, eu recomendo que as baixe também.

Seu primeiro álbum, Bang Bang Rock And Roll, foi lançado em 2005 juntamente do seu primeiro single, Emily Kane, que foi bem recebido pela crítica, alcançando o Top 40 britânico facilmente. Bang Bang... também está entre a lista dos 200 álbuns dos anos 2000, na 192ª posição.

Em 2007, It's A Bit Complicated é lançado e, de início, recebeu críticas bem favoráveis, a não ser por um crítico chamado Simon Goddard, que disse que o It's A Bit..., comparado ao primeiro álbum, "soa extremamente chato, principalmente pelo fato do vocalista Eddie Argos soar torturante após 34 minutos". O álbum estreou na 123ª posição.

Mais dois anos depois, em 2009, o terceiro álbum do Art Brut é lançado, sob o nome de Art Brut Vs. Satan. Foi produzido pelo super gênio (na minha opinião, pelo menos) Frank Black, ex Pixies. Também super aclamado pela crítica e com alguns resquícios do surf rock, típico do sr. Black.

Em maio de 2011, Brilliant! Tragic!, mais conhecido como o quarto álbum do Art Brut será lançado, mas já está disponível na internet. Se tiver sorte, assim como eu, poderá achar algum link válido para baixar essa preciosidade também produzida por Frank Black.

Resumindo: talvez, com esse resuminho de merda, você pense que o Art Brut é mais uma bandazinha de indie rock que teve sorte e é razoavelmente conhecida por aí ou até mesmo que eles têm alguma superstição com o número 2. Mas o que eu tenho para dizer é que Art Brut é mais que uma bandazinha de indie rock. As letras são super engraçadas, irônicas algumas vezes, combinadas com um rock de garagem que é difícil de não se viciar. A voz de Eddie Argos também dá um charme, o fato que me fez lembrar justamente do dorgado do Shaun Ryder, do Happy Mondays.

Eu sou extremamente chata com música, por isso, aproveite e baixe Art Brut. Fica a dica.

ART BRUT
Eddie Argos: Vocais
Ian Catskilkin: Guitarra
Freddy Feedback: Baixo
Jasper "Jeff" Future: Guitarra, backing vocal
Mikey Breyer: Bateria

DISCOGRAFIA
Bang Bang Rock And Roll (2005)
It's A Bit Complicated (2007)
Art Brut Vs. Satan (2009)
Brilliant! Tragic! (2011)

MÚSICAS RECOMENDADAS
Formed A Band, My Little Brother, Modern Art, Direct Hit, Pump Up The Volume, Jealous Guy, Am I Normal?, DC Comics And Chocolate Milkshake, Clever Clever Jazz, Axl Rose.

terça-feira, 5 de abril de 2011

School's out - need it.

Só um aviso: Vou ficar sem postar pela próxima semana, em consequência das provas bimestrais. Preciso manter as boas notas, né... Mas não se preocupem, eu não vou sumir para sempre.

"EU NÃO VOU ABANDONAR ISSO AQUI". Eu disse isso ano passado. Estamos em abril de 2011 e continua valendo. Botem fé! :D

sábado, 2 de abril de 2011

What's love got to do with it?

Considere isso como um post de emergência, heeeeeeee, obrigada.

Bom, não sei se o título é sugestivo ou se você não entendeu nada sobre essa história de "post de emergência", mas o fato é que eu acabei de ler uma coisa que inflou tanto o meu ego que ele está prestes a explodir.

Quero dizer, por mais pessoas que existam na minha vida, às vezes eu só consigo dar valor à uma. Alguém que eu conheci há míseros 7 meses, mas parece que nós somos amigos de muito, muito tempo. Alguém que, apesar da incrível distância, parece que está perto de mim em todos os momentos, sejam tristes ou alegres. Alguém que consegue me entender tanto, mas tanto, que eu acho que somos irmãos separados na maternidade. Alguém chamado Thiago.

É isso aí, não vou esconder nomes porque não estou fazendo nenhuma queixa, não. O que é bom tem de ser dito aos berros e, se eu quisesse, escreveria todo o parágrafo anterior em caixa alta, negrito e itálico.

Era uma vez um site chamado Power Sonic e era uma vez os nicks Rafaella_ e DentinhoXD (não lembro se de fato tinha XD ou se tinha alguma coisa a mais, minha memória não tem um processador tão potente). Duas pessoas tão distantes com os mesmos gostos que, para muitos, são estranhos. Digo, aonde mais eu poderia encontrar uma pessoa que goste de Sonic e rock ao mesmo tempo? Brasília é a resposta.

E, a partir desse dia, não nos largamos mais. Tinham dias que não parávamos de falar e dias que não falávamos nada, mas nós sempre estivemos ali, juntos. E eu criei um afeto tão grande por ele que, apesar de tudo o que aconteceu nesse meio tempo, não pára de crescer.

Ou seja: Eu não quero perder uma pessoa que é tão parecida comigo. É como se eu me olhasse no espelho e o meu reflexo falasse. É muito estranho encontrar uma pessoa tão igual a você e não poder dizer: Hey, vamos pro shopping, pro cinema, pro café, vamos bater um papo...

Mas, enfim. Esse era o meu post de emergência. São coisas que eu não quis que ficassem guardadas no meu caderno, eu queria contar pra todo mundo sobre a pessoa mais... Mais... Mais incrível que eu conheço. Obviamente, palavras não expressam o monte de coisas que eu sinto, mas é o mínimo que eu posso fazer. Porque pra me aturar por 4 meses, parar de falar comigo e depois, me aceitar de volta, meu bem, é preciso ter muita coragem. Hehehe.

Thiago Suares, obrigada por tudo!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Peguei você!

Hoje é sexta-feira, um dia muito especial para mim, inclusive depois das 13 horas. É quando o meu fim de semana começa. Parece que o dia tem um ar diferente: enquanto a segunda-feira é naturalmente cinzenta e triste, a sexta é alegre, colorida. Se você não percebeu isso, é melhor passar a prestar atenção, porque é verdade.

Mas, alô você que não tem um calendário em mãos: Hoje é 1º de abril, ou seja, dia da mentira! Dia de enganar os amiguinhos com piadinhas infalíveis e depois, ao ver que a pessoa não se toca de que não passa de uma mentira, ter o prazer de rir, apontar e gritar: PRIMEIRO DE ABRIL!

Vou lhes dizer uma coisa: eu odeio o dia da mentira. Por quê? Dois motivos. Primeiro: Eu não sei mentir; segundo: Eu sempre caio na mentira dos outros. E aí, ao verem que eu ainda não me toquei de que não passa de uma mentira, as pessoas riem, apontam e gritam: PRIMEIRO DE ABRIL!

Bom, mas vocês sabem como surgiu esse dia tão útil pras nossas vidas? Há muitos anos atrás, lá no século XV, se utilizava o calendário gregoriano, onde as festas de ano novo começavam no dia 25 de março e duravam uma semana, terminando em 1º de abril. O rei Carlos VIII da França deu fim à esse calendário, adotando o dia 1º de janeiro como a passagem do ano. Como a informação demorava para chegar à toda a população, as camadas mais pobres continuavam comemorando na antiga data.

Com isso, os nobres caçoavam da plebe e sempre faziam brincadeiras, como enviar convites para festas que, de fato, não existiam.

A fama do 1º de abril chegou em terras tupiniquins por volta de século XIX, pela primeira vez em Pernambuco, quando um boato sobre a morte de D. Pedro I se espalhou e, no dia seguinte, fora desmentido.

Depois disso, o dia da mentira se tornou uma espécie de festa, como o Carnaval ou o Reveillon e está com tudo até hoje.

Sinceramente, eu não vejo graça no dia da mentira. Quero dizer, as pessoas mentem o ano todo e um dia em especial não as faz mentir o dobro. 1º de abril é quando os trolls se manifestam intensamente, espalhando toda sua malandragem, enganando as pessoas com mentiras que, às vezes, podem ser boas. E aí, com aquele sorriso inconfundível, eles dizem com toda a força do mundo: PRIMEIRO DE ABRIL! Me disseram hoje que o Restart tinha morrido num acidente aéreo. Quem dera se fosse verdade...

Enfim, resumindo: o dia da mentira é uma droga. Se fosse assim, deveria existir um dia para todas as coisas do mundo e deveriam ter a mesma repercussão, as pessoas deveriam comemorar do mesmo jeito.

Tá, é porque eu não sei mentir mesmo...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Hot hot hot!!!

Na manhã de sábado, eu acordei com mais preguiça do que eu esperava. Eu mal conseguia abrir os olhos e a voz da minha mãe me chamando pela 43ª vez já tinha se tornado insuportável.

Eu estava azeda.

O relógio anunciava que já eram um pouco mais de 8 horas e eu ainda não tinha movido um metacarpo sequer para levantar da cama. Minha mãe não parava de ressaltar que eu tinha que acordar logo porque eu tinha que fazer um maldito exame de sangue. Passei as mãos pela nuca e, logo depois, no travesseiro: Ambos estavam ensopados. Foi aí que eu me dei conta da gravidade do problema. Entenderam a situação?

Pelo menos em São Paulo, uma onda de calor vem pertubando, não só à mim, mas - certamente - à toda a população. As noites se tornaram asfixiantes e, um fio de cabelo que se move causa litros de suor.

TÁ FODA.

Por isso, eu, que estou morrendo na mesma proporção, vou tentar dar algumas dicas para você se afastar do epicentro do inferno no qual foi jogado assim, sem mais nem menos.


1) Beba muita água
.
E faça isso como se fosse o seu único meio de sobrevivência. Imagine que você está no meio de um deserto.Você olha para os lados e não existe nada, a não ser areia e ar seco. O calor se transforma em massa e você se sente pesado, prestes a virar uma poça de suor quando, de repente, um copo de água gelada trincando e clamando seu nome salta sobre seus olhos. Você deve encarar essa situação desse jeito, como se sua água fosse algo precioso. E então, consuma sua bebida dos deuses loucamente.

2) Tome banho constantemente.
Pelo menos uns 4, para tirar a catinga. Porque, todos sabemos que, por mais que tomemos banho, o suor parece que impregna na gente. Por isso, abuse do chuveiro mesmo. E se for preciso, lave o cabelo em todas as vezes, só pra garantir a limpeza profunda dos poros.

3) Vista SEMPRE roupas leves.
Ou, se estiver sozinho no recinto, fique peladão mesmo, por que não? Quanto mais roupas vestimos, mais calor nós retemos. Então, não tenha vergonha de sair na rua com um short um pouco mais curto ou regata. Se você está com calor, iniba as roupas em excesso, não a você mesmo.

4) Tenha um ventilador em mãos.
Nesses dias, o ventilador é o nosso melhor amigo. Sempre deixe o ventilador ligado no mínimo, oposto ao seu corpo, quando você estiver presente. O ar tem que circular e, se deixá-lo concentrado em uma parte só (ou seja, seu corpo), você pode pegar uma gripe. E eu te digo, "gripe de calor" é a que mais demora pra sarar. Ah, e mais uma coisa: nunca durma com o ventilador ligado porque, além da gripe, ele pode dar um curto-circuito por estar muito quente.

5) Ande com um kit sobrevivência.
Sempre tenha um kit anti-calor na bolsa: Uma garrafinha de água, protetor solar, boné e toalhas/lenços. Nunca se sabe o que pode acontecer...

E depois dessas dicas um tanto amadoras, aproveite esse verão prolongado (e bem folgado. Hey verão, você já teve sua vez. Deixa o outono brincar!). Vá ao parque, ao clube, ande de bicicleta e pegue uma corzinha. Você não quer virar uma pessoa sedentária com bronzeado de escritório que escreve coisas sem sentido em um blog chamado Divisão Binária, não é?

domingo, 27 de março de 2011

Assaltaram a gramática.

Eu sou uma pessoa bem chata, não vou negar... Boto defeito em tudo, não estou nem aí para o que pensam dessa minha mania. Sou do tipo que gosta de tudo certinho. (Não confundam com TOC, por favor). Mas se tem uma coisa que eu não suporto - leia-se "quero matar o filho da puta que me comete uma atrocidade dessas" - nesse mundo são erros de ortografia.

Cara, me incomoda demais. Quando eu leio um desses, é como se, instantaneamente, me desse uma coceira insuportável. Como se aqueles erros transmitissem sarna. Não consigo disfarçar, ainda mais quando os erros são ditos, em alto e bom som. Eu até tento, ATÉ TENTO, virar o rosto pro lado, fingir que eu não ouvi, mas é fato:

EU NÃO CONSIGO CONVIVER COM ISSO.

E o pior é que não é nem culpa das pessoas. A culpa é desse pedaço de terra com 511 anos de idade chamado Brasil. Português é a língua mais difícil do mundo - no popular, cheia de viadagem - e, se nem nós conseguimos falar direito, imagina o pessoal lá de fora?

Deveria existir um sistema anti erros ortográficos. Você instala no ouvido e aciona o alarme. Deixa lá, preparado, pra quando você for ler uma frase dessas:

Minina vo ti passa aquela dieta q a minha ermã mim deu quando ela quiz esmagrece. Mais cuidado viu voçe ate podi pega uma elergia depemdendu de como seu corpo vai reaji.

Isso é o Brasil, meus queridos. Cada vez mais cresce o número de pessoas que escrevem/falam uma frase assim. Essa é a educação que o seu filho recebe. Erros de concordância até passam. Mas os de ortografia, meu pai do céu... Graças à isso, cresce o número de desempregados (porque, se for pra pegar um currículo de uma pessoa assim, prefiro que a minha empresa afunde) e, se você for ver, o preconceito também aumenta. Por que, ao invés de se preocuparem TANTO em transformar o Brasil num país desenvolvido SÓ na economia, não dão um jeito na educação? Se for pra andar pra frente, leva tudo junto, não só um fator...

Brasil, um país de todos...

De todos os analfabetos, de todos os alienados, de todos os ignorantes, de todos mesmo. O Lula tá aí pra comprovar.

sábado, 26 de março de 2011

Era de aquarius.

O tempo passa e nós precisamos mudar. Para nos sentirmos bem com nós mesmo e com os outros. Seja como for.

E como vocês podem ver, o blog também mudou. Passei aqui para explicar o motivo da mudança.

Eu, ou essa aqui que vos fala, estava se sentindo muito, muito triste. Não sei sabe exatamente o motivo, mas de fato, eu estava pra lá de... Marrakesh. Pois bem, e o tema do blog refletia essa tristeza. Um dia, eu acordei e disse: Não quero mais ser assim.

Agora, o blog está bem mais alegre, não é, irmãozinhos? Vou lhes explicar a mudança passo a passo.

1º - Layout.
Como já foi explicado.

2º - O nome.
Eu sei que vocês devem estar se perguntando: Por que diabos divisão binária? Na biologia, divisão binária é quando um ser (tomemos como exemplo nossa amiguinha bactéria) se divide em dois exatamente iguais. Então, esses dois vão se dividir em mais dois, se tornando quatro. E assim, sucessivamente. É uma progressão geométrica, digamos assim. Já na minha cabecinha oca, eu relacionei essa reprodução assexuada com o que eu falo aqui. Ou seja, eu divido todos os meus problemas em partes iguais com vocês e logo, ficamos felizes como uma cultura de bactérias, wee!

3º - Os assuntos
.
Ainda não coloquei em prática, mas, perdida nos meus pensamentos, cheguei a conclusão de que só os meus problemas não bastam. Digo, ouvir problemas de só uma pessoa é terrível, não é? Eu sei que você concorda. Portanto, vamos interagir, galera! Vou postar assuntos gerais aqui (mas nada como um bom probleminha pessoal, hehe) e divulgar esse bagulho em tudo quanto é canto. É um projeto e isso vai demorar pra acontecer. Quando eu me sentir pronta, vou falar de diversas coisas, geralzão mesmo, e quero ver todo mundo participando. Ia ser legal, né?

É isso. Por enquanto, fico só no desabafo mesmo... Aliás, peço desculpas por postar de vez em nunca. Mas prometo entrar nos trilhos. Quando eu disse que eu não ia abandonar isso aqui, era a mais pura verdade.

E como diria o meu amado Bowie:

Ch-ch-ch-ch-changes
Turn and face the strange
Just gonna have to be a different man
Time may change me
But I can't trace time...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Exclusão social.

As exclusões são de uma forma geral, dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo. Wiki.

Exclusão social equivale ao bullying, mas não quero explicar especificadamente o conceito desses termos. Esse post é mais um desabafo mesmo.

Hoje eu fiquei sabendo de uma coisa que, de alguma maneira, me deixou revoltada. Para evitar possíveis transtornos (maiores dos que virão ao postar isso), vamos chamar as pessoas pelas iniciais.

Enfim, hoje, fazendo o caminho de volta para casa, junto com a A., a F. e a B., a A. me perguntou o seguinte:

- Tá sabendo da festa da P.?

E eu, como sempre, não sei de nada que acontece no mundo, a não ser no meu próprio mundo, respondi com outra pergunta:

- Que festa?
- A festa da P. Hoje, eu tava conversando com a M. e de repente, ela chegou. Perguntou se ela não queria ir na festa dela.
- Ela convidou todo mundo?
- Sim. Menos eu, a F. e você.

Fiquei puta.

Então, a F. se junta à conversa:

- É, eu tava conversando com a R. hoje, na aula de inglês e aí ela surge. "R., vem cá, quero falar com você".

Resumindo, é isso. Agora, analisando.

É o seguinte. Quero deixar bem claro que eu não ligo pra festas ou coisas assim. Como eu sempre digo, eu prefiro jogar videogame aos fins de semana. Mas é assim: vamos ter um pouco de semancol. Se quiser escolher as pessoas que vão na sua festa, faça isso em off. Sabe o que diabos significa a expressão "em off"? Eu acho que não.

Se for pra escancarar a merda da sua festa pros quatro ventos, convide todos. Não cause intrigas numa classe que, na minha opinião, é unida. Demais, até.

Isso, de forma direta ou indireta, é exclusão social. Porque você deve ter motivos pra não querer convidar nós três pra festa. Pode ser afinidade ou qualquer outra desculpa. Talvez não sejamos boas o suficiente pra você nos convidar.

Mas, é isso. Festas são as últimas coisas na minha lista de preferências. Eu falo mesmo, de boca cheia, ODEIO FESTAS. Agora, uma coisa é você ser discreta. Outra, é você usar sua festa como estratégia de marketing, ou coisa do gênero. E no começo do ano, você me deu um abraço. E hoje, você me convidou pra almoçar na padaria, antes da aula de revisão de Química. Quem é você?

Eu sei que nós nunca conversamos direito, mas em todas as vezes que a gente se falou, mesmo que uma troca de ois, eu sempre te achei legal, pra cima. Uma pessoa que deixa todos felizes. Sério mesmo, sou muito sincera e era exatamente isso que eu pensava de você. Não tô dizendo isso com o intuito de "ah, falando isso, eu vou ser convidada pra festa". Tô pouco me lixando pra essa festa. Só não gostei da sua atitude. É como se tudo o que eu achasse da sua pessoa se esvaisse em questão de milésimos.

Só não pense que eu sou daquelas que querem que a sua festa queime no mármore do inferno. Não sou vingativa. Eu poderia mandar você ir se foder, porque você é uma filha de uma puta, diabo. Mas eu não sou desse tipo. Eu levo as coisas numa boa, mas as pessoas não conhecem o meu "eu" de verdade. Eu tenho o esteriótipo de estressada. Mas sou o contrário. Então, não se preocupe.

Feliz aniversário. Você acaba de perder uma amiga.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estação...

Depois eu me desculpo por demorar TANTO tempo para voltar a escrever.

São Paulo é a maior cidade do Brasil. É o que todo mundo diz.

E todo mundo diz que São Paulo é a terra do congestionamento, o nascimento dos carros engarrafados, das rodovias e estradas super lotadas de sucatas, com motoristas estressados. Isso porque essas pessoas não moram aqui.

Hoje, eu vim para Diadema no circuito ônibus-metrô-trem-trólebus-ônibus e vou te dizer uma coisa: não é fácil. Não só por que é um puta dum rolê, mas porque tem muita gente.

Muita gente MESMO.

Saí de casa às 15:00. Tomei um ônibus na José Elias e desci na Vila Madalena. Comprei minha passagem e passei pela catraca. Fui até o portão esperar o metrô. Eu ia descer na Ana Rosa.

Até aí, tudo bem.

Passou-se a estação Sumaré. Metrô vazio até aí. Então, ela chegou...

Estação Consolação. A gravação anunciou.

E o mundo todo entrou no mesmo vagão.

Me senti sufocada, apesar de estar sentada. Olhei para a minha mãe com profundo desespero estampado nos olhos.

Todos descem na Paraíso. Minha mãe disse.

Suspirei. O metrô ficaria vazio uma estação antes que a que eu desceria.

Estação Paraíso. Acesso a linha 1.

O metrô esvaziou. Logo, veio a minha estação e eu desci.

Agora, tínhamos que pegar um trem que nos levaria até o Jabaquara. Fomos até o portão. Mais uma vez, o mundo estava esperando o mesmo trem. Na hora de entrar, todos queriam entrar ao mesmo tempo. O desespero das pessoas por um metro quadrado conforme as estações iam passando era horripilante.

Estação Terminal Jabaquara.

Todos desceram ao mesmo tempo. As pessoas se empurravam para ver quem alcançava a escada rolante primeiro. Para se ter noção, tinha até uma moça com um carrinho de feira e que não fez nem questão de levantar o objeto para subir a escada. E ela estava do lado direito, aonde as pessoas com pressa - no caso, eu e a minha mãe - deveriam passar.

Sendo assim, compramos mais dois bilhetes para podermos pegar o trólebus. Uma fila maior que a do INSS nos impedia. O primeiro estava lotado. O segundo também. O terceiro, quarto e quinto também. E o sexto? Bom, também, mas já eram 16:30 e estava chovendo. Me encaixei naquele metro quadrado entre o cobrador e a catraca, numa posição desconfortabilíssima. E o filho da puta demorou pra chegar no Terminal Diadema.

17:00. Terminal Diadema. Faltava só um ônibus para chegarmos. O ônibus chegou e meu tênis estava desamarrado. Minha mãe teve que pedir para o motorista esperar até eu me reestabelecer. Entramos no ônibus e ele estava vazio. Bom, o corredor estava vazio, os assentos, não. Mas conforme ele ia parando, mais pessoas subiam, até que eu me senti uma completa contorcionista do Cirque Du Soleil, tentando segurar nos "postes" e me equilibrar ao mesmo tempo.

Eu só precisava ouvir uma palavra para me acalmar.

Chegamos.

Com a mochila toda molhada por causa da chuva, as roupas desajeitadas, o tênis mal amarrado e suando feito uma tampa de marmita, eu desci. Amanhã mesmo vou encomendar uma camiseta escrito: Eu sobrevivi ao mata-mata!

Porque, de fato, eu sobrevivi a isso.