quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estação...

Depois eu me desculpo por demorar TANTO tempo para voltar a escrever.

São Paulo é a maior cidade do Brasil. É o que todo mundo diz.

E todo mundo diz que São Paulo é a terra do congestionamento, o nascimento dos carros engarrafados, das rodovias e estradas super lotadas de sucatas, com motoristas estressados. Isso porque essas pessoas não moram aqui.

Hoje, eu vim para Diadema no circuito ônibus-metrô-trem-trólebus-ônibus e vou te dizer uma coisa: não é fácil. Não só por que é um puta dum rolê, mas porque tem muita gente.

Muita gente MESMO.

Saí de casa às 15:00. Tomei um ônibus na José Elias e desci na Vila Madalena. Comprei minha passagem e passei pela catraca. Fui até o portão esperar o metrô. Eu ia descer na Ana Rosa.

Até aí, tudo bem.

Passou-se a estação Sumaré. Metrô vazio até aí. Então, ela chegou...

Estação Consolação. A gravação anunciou.

E o mundo todo entrou no mesmo vagão.

Me senti sufocada, apesar de estar sentada. Olhei para a minha mãe com profundo desespero estampado nos olhos.

Todos descem na Paraíso. Minha mãe disse.

Suspirei. O metrô ficaria vazio uma estação antes que a que eu desceria.

Estação Paraíso. Acesso a linha 1.

O metrô esvaziou. Logo, veio a minha estação e eu desci.

Agora, tínhamos que pegar um trem que nos levaria até o Jabaquara. Fomos até o portão. Mais uma vez, o mundo estava esperando o mesmo trem. Na hora de entrar, todos queriam entrar ao mesmo tempo. O desespero das pessoas por um metro quadrado conforme as estações iam passando era horripilante.

Estação Terminal Jabaquara.

Todos desceram ao mesmo tempo. As pessoas se empurravam para ver quem alcançava a escada rolante primeiro. Para se ter noção, tinha até uma moça com um carrinho de feira e que não fez nem questão de levantar o objeto para subir a escada. E ela estava do lado direito, aonde as pessoas com pressa - no caso, eu e a minha mãe - deveriam passar.

Sendo assim, compramos mais dois bilhetes para podermos pegar o trólebus. Uma fila maior que a do INSS nos impedia. O primeiro estava lotado. O segundo também. O terceiro, quarto e quinto também. E o sexto? Bom, também, mas já eram 16:30 e estava chovendo. Me encaixei naquele metro quadrado entre o cobrador e a catraca, numa posição desconfortabilíssima. E o filho da puta demorou pra chegar no Terminal Diadema.

17:00. Terminal Diadema. Faltava só um ônibus para chegarmos. O ônibus chegou e meu tênis estava desamarrado. Minha mãe teve que pedir para o motorista esperar até eu me reestabelecer. Entramos no ônibus e ele estava vazio. Bom, o corredor estava vazio, os assentos, não. Mas conforme ele ia parando, mais pessoas subiam, até que eu me senti uma completa contorcionista do Cirque Du Soleil, tentando segurar nos "postes" e me equilibrar ao mesmo tempo.

Eu só precisava ouvir uma palavra para me acalmar.

Chegamos.

Com a mochila toda molhada por causa da chuva, as roupas desajeitadas, o tênis mal amarrado e suando feito uma tampa de marmita, eu desci. Amanhã mesmo vou encomendar uma camiseta escrito: Eu sobrevivi ao mata-mata!

Porque, de fato, eu sobrevivi a isso.

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