domingo, 17 de abril de 2011

What's the matter with kids today?

Ah! A infância...

Época das primeiras coisas. Os primeiros passos, as primeiras palavras... Infância é algo que nos deixa com um gosto doce e nostálgico na boca a cada lembrança. Cada momento guardado com tanto carinho, quando éramos isentos de maldade e tudo nos arrancava sorrisos inocentes e contagiantes...

Ah! A infância...

Tempos tão felizes, aproveitados até o último segundo. Não tínhamos preocupações, a não ser o que fazer no dia seguinte.

Será que amanhã eu jogo bola ou vou desenhar?
Puts, minha mãe colocou bolinho na minha lancheira. Eu pedi pãozinho!
Nossa, tô cansadão, brinquei muito no escorregador
...

Minha lembrança mais antiga - e a qual eu tenho conhecimento sobre - é de 13 anos atrás, quando eu e minha irmã ganhamos um Mega Drive. Tínhamos 3 e 10 anos, respectivamente. Ela colocou o cartucho e letras azuis formaram a palavra "Sega" seguido de um coro. E então, ele surgiu.

Eu não sei explicar o que eu senti na hora em que aquele ouriço azul apareceu na minha televisão e me encarou sorrindo - mesmo por que, isso me vem em forma de flashes -, mas foi mágico. Desde aquele momento, eu sabia que eu tinha um herói que me defenderia de todas as coisas ruins.

Um ano depois, aos 4 anos de idade, eu estava assistindo a um programa chamado Angel Mix, que passava na Globo a partir das 11 da manhã e era apresentado pela Angélica. Esse programa me apresentou um grupo de cinco adolescentes normais, mas quando tinha um perigo, eles se transformavam em heróis com roupas e capacetes coloridos. De repente, eles também se tornaram os meus heróis.

O que eu quero dizer com isso é que, não só a minha infância, como a infância de muitas pessoas da minha idade foi bem diferente do que as crianças de hoje vivem. A cada dia que passa, a infância se torna algo curto e a molecada só quer saber de crescer o mais rápido que puder. Sonic e Power Rangers, meus ídolos de infância (e confesso que até hoje), se tornam piada quando contamos aos nossos primos mais novos.

Isso aí que você leu. Piada.

Porque é mais interessante ser uma criança super legal de 7 anos que usa celulares e notebooks e ser tratada como adulto precoce. Porque é muito mais interessante teclar com os amigos no msn do que brincar de boneca ou de carrinho ou ir ao parque andar de bicicleta. Porque ter heróis é coisa de bebezinho. E, pô, nós já somos grandinhos pra isso.

Não existe explicação lógica para isso. Talvez a tecnologia esteja avançando mais rápido do que fora calculado. Talvez a culpa seja dos pais. Talvez a culpa seja da sociedade artificial que vivemos. Talvez a culpa seja da super existência de propagandas voltadas ao consumismo infantil. Talvez não exista um culpado. Fat Mike estava certo ao se perguntar o que diabo aconteceu com as crianças de hoje. Enquanto elas querem se tornar adultas, eu quero voltar 13 anos no tempo, só para sentir novamente aquele clima entre eu e o ouriço que definiu a minha infância.

sábado, 9 de abril de 2011

It's a bit complicated...

Junho de 2010. Eram 15 horas de um sábado. Eu voltava pra casa depois de andar quilômetros pelo bairro com um amigo meu chamado Jean, suando litros naquela roupa de caipira. A festa junina do colégio estava um saco e resolvemos caminhar um pouco.

Cheguei em casa, cumprimentei meu cachorro e fiz meu almoço enquanto ligava o notebook. Troquei a roupa de caipira por uma regata azul e um short velho. O notebook ligou. Almocei de frente a ele, pesquisando novas bandas no last.fm para ouvir.

Foi assim que eu conheci o Maxïmo Park, que eu pensava ser a minha maior descoberta musical.

Março de 2011. Eram 18 horas de uma segunda. Como sempre, eu estava no computador, caçando algo para fazer. Eu já tinha baixado milhares de bandas entre dezembro e março (diria que em torno de 200 bandas, mais ou menos) e, quando pensei não ser mais possível achar algo que soasse como novo aos meus ouvidos, o last.fm me deu a resposta.

Foi assim que eu conheci o Art Brut, que atualmente ocupa o posto de maior descoberta musical por moi.

Esse post tem como objetivo espalhar música boa pra galera aí e pode até ser um começo de uma série de posts sobre música - minha paixão master. Eu ouço muita coisa e o negócio de ter baixado umas 200 bandas entre dezembro e março não foi brincadeira. Nessas últimas férias, o que eu mais fiz no computador foi descobrir novas bandas. Meu pico foi de 11 bandas por dia numa semana qualquer de janeiro, que representa aproximadamente 77 bandas no final da semana.

Enfim... Eu sou normal, mesmo que não pareça.

Hoje eu vou falar de Art Brut pra vocês.

Art Brut é uma banda inglesa de indie rock formada em 2003. Eu diria que é uma mistura de Happy Mondays com qualquer outra banda de indie rock que você já tenha ouvido falar. Vou tomar como exemplo o Franz Ferdinand. Se você nunca ouviu falar dessas duas bandas, eu recomendo que as baixe também.

Seu primeiro álbum, Bang Bang Rock And Roll, foi lançado em 2005 juntamente do seu primeiro single, Emily Kane, que foi bem recebido pela crítica, alcançando o Top 40 britânico facilmente. Bang Bang... também está entre a lista dos 200 álbuns dos anos 2000, na 192ª posição.

Em 2007, It's A Bit Complicated é lançado e, de início, recebeu críticas bem favoráveis, a não ser por um crítico chamado Simon Goddard, que disse que o It's A Bit..., comparado ao primeiro álbum, "soa extremamente chato, principalmente pelo fato do vocalista Eddie Argos soar torturante após 34 minutos". O álbum estreou na 123ª posição.

Mais dois anos depois, em 2009, o terceiro álbum do Art Brut é lançado, sob o nome de Art Brut Vs. Satan. Foi produzido pelo super gênio (na minha opinião, pelo menos) Frank Black, ex Pixies. Também super aclamado pela crítica e com alguns resquícios do surf rock, típico do sr. Black.

Em maio de 2011, Brilliant! Tragic!, mais conhecido como o quarto álbum do Art Brut será lançado, mas já está disponível na internet. Se tiver sorte, assim como eu, poderá achar algum link válido para baixar essa preciosidade também produzida por Frank Black.

Resumindo: talvez, com esse resuminho de merda, você pense que o Art Brut é mais uma bandazinha de indie rock que teve sorte e é razoavelmente conhecida por aí ou até mesmo que eles têm alguma superstição com o número 2. Mas o que eu tenho para dizer é que Art Brut é mais que uma bandazinha de indie rock. As letras são super engraçadas, irônicas algumas vezes, combinadas com um rock de garagem que é difícil de não se viciar. A voz de Eddie Argos também dá um charme, o fato que me fez lembrar justamente do dorgado do Shaun Ryder, do Happy Mondays.

Eu sou extremamente chata com música, por isso, aproveite e baixe Art Brut. Fica a dica.

ART BRUT
Eddie Argos: Vocais
Ian Catskilkin: Guitarra
Freddy Feedback: Baixo
Jasper "Jeff" Future: Guitarra, backing vocal
Mikey Breyer: Bateria

DISCOGRAFIA
Bang Bang Rock And Roll (2005)
It's A Bit Complicated (2007)
Art Brut Vs. Satan (2009)
Brilliant! Tragic! (2011)

MÚSICAS RECOMENDADAS
Formed A Band, My Little Brother, Modern Art, Direct Hit, Pump Up The Volume, Jealous Guy, Am I Normal?, DC Comics And Chocolate Milkshake, Clever Clever Jazz, Axl Rose.

terça-feira, 5 de abril de 2011

School's out - need it.

Só um aviso: Vou ficar sem postar pela próxima semana, em consequência das provas bimestrais. Preciso manter as boas notas, né... Mas não se preocupem, eu não vou sumir para sempre.

"EU NÃO VOU ABANDONAR ISSO AQUI". Eu disse isso ano passado. Estamos em abril de 2011 e continua valendo. Botem fé! :D

sábado, 2 de abril de 2011

What's love got to do with it?

Considere isso como um post de emergência, heeeeeeee, obrigada.

Bom, não sei se o título é sugestivo ou se você não entendeu nada sobre essa história de "post de emergência", mas o fato é que eu acabei de ler uma coisa que inflou tanto o meu ego que ele está prestes a explodir.

Quero dizer, por mais pessoas que existam na minha vida, às vezes eu só consigo dar valor à uma. Alguém que eu conheci há míseros 7 meses, mas parece que nós somos amigos de muito, muito tempo. Alguém que, apesar da incrível distância, parece que está perto de mim em todos os momentos, sejam tristes ou alegres. Alguém que consegue me entender tanto, mas tanto, que eu acho que somos irmãos separados na maternidade. Alguém chamado Thiago.

É isso aí, não vou esconder nomes porque não estou fazendo nenhuma queixa, não. O que é bom tem de ser dito aos berros e, se eu quisesse, escreveria todo o parágrafo anterior em caixa alta, negrito e itálico.

Era uma vez um site chamado Power Sonic e era uma vez os nicks Rafaella_ e DentinhoXD (não lembro se de fato tinha XD ou se tinha alguma coisa a mais, minha memória não tem um processador tão potente). Duas pessoas tão distantes com os mesmos gostos que, para muitos, são estranhos. Digo, aonde mais eu poderia encontrar uma pessoa que goste de Sonic e rock ao mesmo tempo? Brasília é a resposta.

E, a partir desse dia, não nos largamos mais. Tinham dias que não parávamos de falar e dias que não falávamos nada, mas nós sempre estivemos ali, juntos. E eu criei um afeto tão grande por ele que, apesar de tudo o que aconteceu nesse meio tempo, não pára de crescer.

Ou seja: Eu não quero perder uma pessoa que é tão parecida comigo. É como se eu me olhasse no espelho e o meu reflexo falasse. É muito estranho encontrar uma pessoa tão igual a você e não poder dizer: Hey, vamos pro shopping, pro cinema, pro café, vamos bater um papo...

Mas, enfim. Esse era o meu post de emergência. São coisas que eu não quis que ficassem guardadas no meu caderno, eu queria contar pra todo mundo sobre a pessoa mais... Mais... Mais incrível que eu conheço. Obviamente, palavras não expressam o monte de coisas que eu sinto, mas é o mínimo que eu posso fazer. Porque pra me aturar por 4 meses, parar de falar comigo e depois, me aceitar de volta, meu bem, é preciso ter muita coragem. Hehehe.

Thiago Suares, obrigada por tudo!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Peguei você!

Hoje é sexta-feira, um dia muito especial para mim, inclusive depois das 13 horas. É quando o meu fim de semana começa. Parece que o dia tem um ar diferente: enquanto a segunda-feira é naturalmente cinzenta e triste, a sexta é alegre, colorida. Se você não percebeu isso, é melhor passar a prestar atenção, porque é verdade.

Mas, alô você que não tem um calendário em mãos: Hoje é 1º de abril, ou seja, dia da mentira! Dia de enganar os amiguinhos com piadinhas infalíveis e depois, ao ver que a pessoa não se toca de que não passa de uma mentira, ter o prazer de rir, apontar e gritar: PRIMEIRO DE ABRIL!

Vou lhes dizer uma coisa: eu odeio o dia da mentira. Por quê? Dois motivos. Primeiro: Eu não sei mentir; segundo: Eu sempre caio na mentira dos outros. E aí, ao verem que eu ainda não me toquei de que não passa de uma mentira, as pessoas riem, apontam e gritam: PRIMEIRO DE ABRIL!

Bom, mas vocês sabem como surgiu esse dia tão útil pras nossas vidas? Há muitos anos atrás, lá no século XV, se utilizava o calendário gregoriano, onde as festas de ano novo começavam no dia 25 de março e duravam uma semana, terminando em 1º de abril. O rei Carlos VIII da França deu fim à esse calendário, adotando o dia 1º de janeiro como a passagem do ano. Como a informação demorava para chegar à toda a população, as camadas mais pobres continuavam comemorando na antiga data.

Com isso, os nobres caçoavam da plebe e sempre faziam brincadeiras, como enviar convites para festas que, de fato, não existiam.

A fama do 1º de abril chegou em terras tupiniquins por volta de século XIX, pela primeira vez em Pernambuco, quando um boato sobre a morte de D. Pedro I se espalhou e, no dia seguinte, fora desmentido.

Depois disso, o dia da mentira se tornou uma espécie de festa, como o Carnaval ou o Reveillon e está com tudo até hoje.

Sinceramente, eu não vejo graça no dia da mentira. Quero dizer, as pessoas mentem o ano todo e um dia em especial não as faz mentir o dobro. 1º de abril é quando os trolls se manifestam intensamente, espalhando toda sua malandragem, enganando as pessoas com mentiras que, às vezes, podem ser boas. E aí, com aquele sorriso inconfundível, eles dizem com toda a força do mundo: PRIMEIRO DE ABRIL! Me disseram hoje que o Restart tinha morrido num acidente aéreo. Quem dera se fosse verdade...

Enfim, resumindo: o dia da mentira é uma droga. Se fosse assim, deveria existir um dia para todas as coisas do mundo e deveriam ter a mesma repercussão, as pessoas deveriam comemorar do mesmo jeito.

Tá, é porque eu não sei mentir mesmo...